UMA NOTICIA REALISTA SOBRE A ENGANAÇÃO DO FIM FATOR PREVIDENCIÁRIO

VEJA ARTIGO-OPINIÃO DO "O JORNAL" DE ALAGOAS.

MUITO REALISTA E VERDADEIRO.

A projeção de alguns analistas é de que a mudança ou fim do fator previdenciário só será uma realidade para as novas gerações, aquelas que ainda não entraram no sistema como contribuintes da Previdência Social

Odiado por 11 entre 10 aposentados, o considerado “famigerado” fator previdenciário deve mesmo sofrer algum tipo de mudança. O próprio governo já admite elaborar uma proposta alternativa que deve servir como orientação nas discussões sobre o assunto com sindicatos e centrais de trabalhadores. Mas que ninguém se iluda. A mudança não será rápida, nem terá efeito retroativo. Isso quer dizer que as novas regras, se finalmente elas se concretizarem, só serão válidas para quem ainda vai se aposentar. . Todos os outros, que estão perto de se aposentar ou ainda cumprindo o longo caminho até a aposentadoria, continuariam regidos pelas atuais normas.

Embora também esteja em discussão outra proposta que eleva a idade mínima para a aposentadoria. Se hoje, a compreensão é de que uma pessoa se aposenta e não tem tempo suficiente para “curtir” a vida. Elevando a idade mínima, muitos vão morrer sem ver o sonho da aposentadoria realizado. Ou alguém duvida disso.

Mas, independente, da alternativa que será gerida, o governo decidiu retomar o debate sobre o assunto, já que as conversas haviam sido interrompidas há dois meses, exatamente por falta de uma proposta que norteie as discussões.

O anuncio foi feito ontem pelo ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves.

Segundo ele, “os líderes sindicais querem que o governo envie uma proposta e eu estou, junto ao ministro Gilberto Carvalho (secretário-geral da Presidência), à ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, vendo se viabilizamos uma proposta do Executivo para que então isso possa andar”. “Quero ver se nós lançamos uma proposta”, destacou.

Como se sabe, o fator previdenciário foi a “formula mágica” encontrada pelo governo FHC para tentar resolver o velho problema da Previdência. Uma decisão radical mantida pelo governo Lula e, agora, pelo governo Dilma, embora, verdade seja dita, a possibilidade de mudança passou a ser admitida pelo governo federal na era Lula.

O fator previdenciário é usado no cálculo da aposentadoria e considera a contribuição, a idade do trabalhador e a expectativa de vida. Quanto mais cedo o trabalhador pedir a aposentadoria, menor será o valor do benefício. O ministro revelou que já tem em mente uma opção que repete a “combinação da idade com os anos de contribuição, que permitisse ao trabalhador não ter o prejuízo que tem hoje com o fator previdenciário, mas que permitisse à Previdência não abrir mão dos recursos atualmente arrecadados pelo fundo previdenciário desde 1999, que se constitui em R$ 31 bilhões”.

O governo espera, ao final de toda a fase de debate, o consenso para facilitar a tramitação da proposta no Congresso. Difícil, muito difícil mesmo