quinta-feira, 22 de julho de 2010

O ROMBO É MAIS EM CIMA. NÃO É DO INSS

Estamos diante do "quem pode mais chora menos!!!! O que é um absurdo. Como os servidores públicos são mais organizados em categorias barulhentas, conseguem mais. Já os aposentados do INSS, amargam baixo valor das aposentadorias e veja bem: muitos são médicos, dentistas, pecuaristas, advogados, comerciantes, corretores de imóveis e outros trabalhadores com salários mais altos...

Em 2009, o Tesouro Nacional desembolsou R$ 47 bilhões para cobrir as despesas com aposentadorias e pensões dos FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS. No mesmo período, outros R$ 42,9 bilhões foram liberados p financiar o INSS, só que este inclui os rurais e outros benefícios constitucionais de obrigação do Tesouro Nacional previstos na CF/88.

E o pior...são apenas cerca de 1 milhão de aposentados e pensionistas no serviço público. Já no INSS são mais de 27 milhões de aposentados e pensionistas, sendo que dois terços recebem um salário mínimo. Já entre os que recebem mais de um salário mínimo, a média salarial não chega a R$ 800.
No INSS a aposentadoria é limitada ao equivalente a 7 salários mínimos. No serviço público não há limite. O salário integral do servidor público é o limite...Podendo ultrapassar até mesmo 30 ou 40 salários mínimos....

O debate em torno desse assunto é que, em média, os servidores públicos inativos recebem mais que os aposentados do INSS, o que significa uma transferência clara de renda. Para esse ano, os ministérios do Planejamento e Previdência Social evitam fazer previsões sobre o déficit da Previdência do servidor público. Porém, no caso do INSS, o saldo negativo deve ficar entre R$ 45 bilhões e R$ 47 bilhões.

Nas três esferas do poder público (federal, estadual e municipal), o saldo negativo chega a R$ 70 bilhões, e não existem mudanças contábeis a serem feitas para reduzir este número. "O déficit do regime de aposentadorias dos servidores federais é de R$ 35 bilhões, e estima-se que o número dobre com a conta de estados e municípios", diz o ex-ministro da Previdência José Cechin.

O consultor em previdência Renato Follador, responsável pela criação da Paraná Previdência, sistema de aposentadorias do estado do Paraná, afirma que a situação no serviço público é mais grave que na iniciativa privada. "O déficit nas aposentadorias dos servidores federais é de R$ 35 bilhões, para pagar 1 milhão de benefícios", explica, lembrando que o sistema do setor privado atende 24,6 milhões de pessoas.

O rombo é maior entre os servidores públicos, explicam os especialistas, por uma só razão: os benefícios a eles pagos são muito mais altos. Enquanto na Previdência Social boa parte dos trabalhadores recebe o salário mínimo, os trabalhadores do governo federal admitidos até 2003 têm o direito de receber o último salário da ativa. Por isso, o déficit, que já é grande, tende a aumentar muito mais rápido que o debatido pelo Fórum da Previdência.

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