quarta-feira, 14 de julho de 2010

PAULO PAIM NA REVISTA EXAME

Revista Exame - No dia 15 de junho o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou um reajuste de 7,72% para os aposentados que recebem mais de um salário mínimo por mês e, na última quinta-feira (8), o Congresso aprovou o texto Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), incluindo uma emenda que indexa todos os reajustes dos benefícios previdenciários à política de reajuste do salário mínimo com ganho real. Por que o senhor apresentou duas propostas seguidas em favor dos aposentados?

Paulo Paim - Primeiro, porque é mais do que justo, é justíssimo. É inadmissível que, neste país, apenas Legislativo, Executivo e Judiciário tenham paridade, ou seja, o reajuste é o mesmo para quem está na ativa ou para quem está aposentado. Além disso, não se aplica o fator previdenciário, pois eles se aposentam com o salário integral. E o trabalhador comum, por pegar o fator, já perde a metade de seu salário. Sem falar que o reajuste foi de apenas 1,6%, já que, os 6,14% já tinham sido dados. Quando é o aposentado que recebe aumento, há um desespero total no país. Por isso que há uma revolta muito grande, a sociedade vai envelhecendo e vai vendo que quem tem poder de influenciar a opinião pública, trata o assunto como peça descartável. "Passou dos 50 anos tem mais é que morrer", essa é a ideia que passam pra eles. E estão criando um novo alarde com a emenda da LDO, que é não é verdadeiro.

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