sábado, 21 de maio de 2016

Estamos num momento decisivo para o País. O novo governo já tomou posse e promete uma série de medidas para equilibrar as contas e retomar o crescimento. Sabemos que muitas dessas medidas não serão simpáticas à população, e uma delas, em particular, refere-se a mudanças nas regras da Previdência. Ela trará impactos diretos no seu bolso e comprometerá de vez o futuro daqueles que não tomarem as precauções necessárias. Nosso sistema previdenciário está febril e pode entrar em colapso se não for devidamente cuidado. As despesas com INSS, que em 1988 representavam cerca de 2,5% do PIB, atualmente ultrapassam os 8%. Como a previdência só arrecada 6%, temos um rombo anual de cerca de 2% do PIB, comprometendo num futuro próximo a aposentadoria do brasileiro. Para 2016, a previsão é de 2,14% do PIB, ou seja, R$ 133 bilhões de saldo negativo. Para 2017, a expectativa é ainda pior: R$ 167 bilhões. Se nada for feito, sabe qual será o rombo para 2060? Os números são do próprio Ministério do Trabalho e da Previdência Social: cerca de 11,14% do PIB brasileiro. Em reais, 8,95 trilhões! Percebe como o sistema todo ficou insustentável? O governo tem consciência de que precisa tomar providências. A cada mandato presidencial, um ajuste é feito. Foi assim com Fernando Henrique, com Lula, com Dilma… também será assim com Michel Temer. Haverá sempre um fator previdenciário, uma nova idade mínima ou uma fórmula diferente de cálculo dificultando o acesso de novos trabalhadores ao INSS. Quem faz parte do INSS, em 2004 recebia 10 salários mínimos de teto. Já em 2014, a remuneração havia despencado para 6,1 salários. As projeções vão piorando Em 20 anos, o valor máximo pago aos aposentados terá se reduzido à metade. Não se espante se, num futuro relativamente próximo, todos os aposentados ou pensionistas do INSS receberem apenas um salário mínimo – ou algo bem próximo disso. Sabemos que não conseguiremos viver com apenas um salário mínimo (ao menos não com dignidade). Mas não precisa ser assim. Se por um lado, o governo não tem outras alternativas para resolver o problema, por outro, nós temos, e é sobre isso que quero falar com você. Planejar a previdência é para hoje, e não importa se você tem 50, 40, 30 ou 20 anos. Não faz parte dos planos de ninguém passar necessidades no futuro. Este artigo foi escrito por Criando Riqueza. O Criando Riqueza é um canal para a circulação de informações de finanças pessoais, com o objetivo maior de aconselhar os leitores sobre a melhor forma de construir riqueza, viver bem e investir. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama. A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama

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