O governo cubano aumentará em cinco anos
a idade mínima para aposentadoria, a fim de elevar as pensões e
compensar o rápido envelhecimento populacional, disse a
imprensa oficial na quinta-feira.
Um projeto de lei a ser apresentado na sexta-feira no
Parlamento amplia de 60 para 65 anos a idade de aposentadoria
para os homens e de 55 para 60 para as mulheres, segundo a
agência de notícias AIN.
"Será um processo que se aplicará pouco a pouco [...]. Não
serão medidas com o dramatismo neoliberal", disse o ministro de
Seguridade Social, Alfredo Morales, a uma comissão parlamentar.
O governo calcula que em 2025 cerca de um quarto dos
cubanos terá mais de 60 anos, uma cifra elevada para os padrões
da América Latina. Isso, segundo Morales, implicará uma redução
de 770 mil pessoas na força de trabalho em comparação a 2007.
Outros países com o mesmo problema, como a Itália, elevaram
a idade de aposentadoria para financiar a previdência.
O ministro afirmou que a lei deve ser aprovada em dezembro,
na segunda reunião anual do Parlamento, e entrará em vigor
gradualmente entre 2009 e 2015.
A AIN disse que a nova lei eleva o valor das pensões e
oferece "pagamentos adicionais" para cada ano trabalhado além
do mínimo de 30.
Em abril, o governo de Raúl Castro anunciou que o valor das
aposentadorias subiria até 20 por cento, até o teto de 400
pesos (17 dólares), igual ao salário médio cubano. Desde a
década de 1990, alguns trabalhadores cubanos pagam uma
contribuição previdenciária de 5 por cento. Raúl já disse que,
no futuro, todos os trabalhadores deverão contribuir.
(Reportagem de Esteban Israel)
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