quinta-feira, 12 de maio de 2011

Empresas pagarão menos INSS

Desoneração na folha deve ''aliviar'' empresas em R$ 24 bilhões

A discussão colocada em pauta nesta quarta entre governo e centrais em uma primeira reunião não beneficia as empresas que optaram pelo Simples, uma vez que o sistema já tem tributação reduzida

Proposta de desoneração da folha de pagamentos prevê um alívio fiscal de cerca de R$ 24 bilhões aos empregadores em um período de três anos, segundo levantamento feito pelo governo e informado aos sindicatos nesta quarta-feira.

A idéia é reduzir a contribuição patronal para a Previdência dos atuais 20% para até 14% com diminuição a partir de 2012 de dois pontos percentuais no recolhimento para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), além da extinção de tributos, como o adicional de 0,2% a favor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

"O governo quer desonerar a folha de salários em alguns pontos percentuais. Essa questão está em debate. O governo falou em baixar em três anos de 20% para 14%, mas que poderia até ser maior", disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.
A discussão colocada em pauta nesta quarta entre governo e centrais em uma primeira reunião não beneficia as empresas que optaram pelo Simples, uma vez que o sistema já tem tributação reduzida.

"Os demais setores (serviços, serviços bancários e indústria, por exemplo) arrecadaram no ano passado R$ 80 bilhões para a Previdência Social. Este ano, o governo calcula entre R$ 90 bilhões e R$ 92 bilhões. Então seriam estes setores que seriam desonerados. As alíquotas seriam de acordo com cada um dos setores", completou o dirigente sindical.

"É um primeiro contato, é a comprovação daquela nossa tese de que o governo quer discutir com os movimentos sociais e com o movimento sindical em particular todas as propostas não apenas de interesse do movimento, mas também as de interesse do governo", resumiu o ministro da Secretaria-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que discutiu as propostas de desoneração da folha de pagamento com os sindicalistas e com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.

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